OLHA O GOLPE!
Conheça alguns truques usados em todo o mundo para roubar viajantes
“Atenção, há batedores de carteiras neste trem”. A frase chocante é dita de tempos em tempos nos alto-falantes do metrô de Barcelona. A razão é simples: como qualquer grande cidade do mundo, a capital da Catalunha não está livre de furtos, e turistas desavisados são os principais alvos. Um golpe comum é a aglomeração feita pelos batedores de carteira logo na entrada do vagão, simulando uma discussão ou até mesmo uma comemoração futebolística. Não é raro ouvi-los gritando “Barça! Barça!”, em referência ao time catalão (principalmente se for dia de jogo) e, em seguida, perceber que os dois ou três bagunceiros saíram antes das portas se fecharem – deixando um turista sem carteira.
Golpes como esses são corriqueiros pela Europa, assim como aqueles em que o farsante oferece das mais variadas coisas – desde “leitura de mão” até joias. Confira:
Anéis e braceletes em Paris
Em Paris, o viajante deve tomar cuidado quando alguém quiser lhe “dar” um anel de ouro. É um truque inteligente: o golpista chama sua atenção dizendo que você deixou cair seu anel de ouro no chão. Mesmo se, num primeiro momento, você negar, ele insistirá. É aí que a cobiça de muitos vira prejuízo. Algumas pessoas acabam aceitando. Afinal, que mal faz “ganhar” um anel de ouro que estava sem dono? Só que, uma vez que você guarde no bolso a joia (falsa, é claro), o golpista passa a atormentá-lo exigindo “uma pequena recompensa” pelo achado. Se não atendido, faz escândalo, grita e gera uma situação pra lá de constrangedora.
A regra é: fique preparado para essa abordagem e, quando ela ocorrer, não dê bola, nem por um segundo. Ignore desde a primeira palavra. Aliás, atenção é fundamental. Ainda na capital francesa, quem visita a Basílica de Sacre Coeur pode ser vitima de sua displicência, ante aos pretensos vendedores de artesanato e braceletes coloridos. O golpe ocorre graças à agilidade e cara de pau dos falsos camelôs. “É bem tenso: sem que você perceba, eles amarram uma fitinha em seu braço, começam a falar e depois querem cobrar super caro por isso”, explica Juliana Barreto, que acaba de se mudar para a cidade das luzes. O turista mais amedrontado tira qualquer trocado que tiver no bolso só para se livrar da situação ameaçadora e sair dali.
Flores e ciganos na Itália
Parece romântico, mas se alguém lhe der flores na Itália, é golpe. A estudante Cecília Draicchio passeava por Roma com seu namorado, quando um garoto lhes ofereceu uma flor. Depois de alguma insistência, aceitaram. O jovem começou a persegui-los então, cobrando o dinheiro que eles supostamente deveriam ter pago. Aos brasileiros, pode parecer simples se livrar de um chato assim, mas não é. O golpista estragou a tarde romântica do casal. E o golpe se perpetua, já que americanos e mesmo europeus de outros países acabam ficando com medo e cedendo à pressão.
Mais ardiloso é o golpe das crianças ciganas. Ao notar um turista carregando sacola ou com a carteira no bolso da calça, elas se aproximam em grupo de duas ou três, falando alto e apontando para uma foto em um jornal ou revista – como se perguntassem algo. O viajante desprevenido acaba tendo sua atenção atraída para o tal jornal sem perceber que, na verdade, o papel está ali apenas para encobrir o que um dos minigolpistas está fazendo: abrir a bolsa ou sacar a carteira sorrateiramente. Nesse caso, por mais indelicado que pareça, a solução é dizer fortemente: “No!” às crianças antes que cheguem perto. Dessa forma elas ficam cientes de que seu truque não dará certo e desistem.
Táxis e camelôs portenhos
Não é só na Europa que golpes acontecem. Em Buenos Aires, é preciso tomar cuidado com os taxistas, que frequentemente dobram a corrida, mudam a bandeira ou inventam histórias para que o passageiro pague a mais. Muito comum é a da “filha no hospital” e dos remédios caríssimos que devem ser comprados. Sensibilizados com a encenação, muitos acabam doando seus pesos para o motorista.
Aliás, receber notas falsas também é comum. Alguns taxistas convencem o cliente a trocar reais ou dólares por pesos, oferecendo um câmbio vantajoso. Na verdade, o que o turista recebe são notas sem valor algum. E não é só nos táxis. “Você faz uma compra de 100 pesos, por exemplo, eles alegam que buscarão o troco e se afastam. Depois voltam, dizendo que não foi possível trocar a nota e te devolvem... uma falsa!”, conta Sonia Cremerius, que há quatro anos mora na Argentina.
Por esse motivo, o ideal é pedir notas de pequeno valor ao trocar seu dinheiro nas casas de câmbio. Se isso não for possível, trocar as notas grandes no hotel, antes de sair à rua. Se não conseguir fazer nenhuma das duas coisas e tiver de sair com notas graúdas, o conselho das autoridades é, no momento da compra, olhar bem para o dinheiro e memorizar ostensivamente o final do número de série, para que o eventual golpista perceba que você sabe muito bem que nota está lhe dando.
Outra opção é saber identificar as falsas. Normalmente elas são feitas de forma grosseira: ou a cor é diferente, ou a própria textura do papel muda. Observar a marca d’água também é sempre bom. Ela terá o retrato desenhado na nota, orientado no mesmo sentido.
Lenço “obrigatório” em Marrocos
Precaução ainda maior deve ser tomada em cidades onde a língua e o alfabeto são muito diferentes. Quem for ao Marrocos, por exemplo, deve ter cuidado ao pedir informações sobre endereços. Muitas vezes, os turistas perdidos são encaminhados a locais nada agradáveis (becos ou bares) e depois extorquidos.
Mariana Midori, que viajou em abril para a região, lembra de outro golpe, feito em excursões para o deserto. Nelas, exige-se que as mulheres amarrem um lenço na cabeça. Mas o aviso só vem em cima da hora, quando já se está de saída. Quem não tiver, é forçado a comprar dos próprios guias. “Uma americana não queria e disse que amarraria uma camisa na cabeça... E o guia a irritou muito por causa disso”, conta Mariana.
Revista Viajar.
“Atenção, há batedores de carteiras neste trem”. A frase chocante é dita de tempos em tempos nos alto-falantes do metrô de Barcelona. A razão é simples: como qualquer grande cidade do mundo, a capital da Catalunha não está livre de furtos, e turistas desavisados são os principais alvos. Um golpe comum é a aglomeração feita pelos batedores de carteira logo na entrada do vagão, simulando uma discussão ou até mesmo uma comemoração futebolística. Não é raro ouvi-los gritando “Barça! Barça!”, em referência ao time catalão (principalmente se for dia de jogo) e, em seguida, perceber que os dois ou três bagunceiros saíram antes das portas se fecharem – deixando um turista sem carteira.
Golpes como esses são corriqueiros pela Europa, assim como aqueles em que o farsante oferece das mais variadas coisas – desde “leitura de mão” até joias. Confira:
Anéis e braceletes em Paris
Em Paris, o viajante deve tomar cuidado quando alguém quiser lhe “dar” um anel de ouro. É um truque inteligente: o golpista chama sua atenção dizendo que você deixou cair seu anel de ouro no chão. Mesmo se, num primeiro momento, você negar, ele insistirá. É aí que a cobiça de muitos vira prejuízo. Algumas pessoas acabam aceitando. Afinal, que mal faz “ganhar” um anel de ouro que estava sem dono? Só que, uma vez que você guarde no bolso a joia (falsa, é claro), o golpista passa a atormentá-lo exigindo “uma pequena recompensa” pelo achado. Se não atendido, faz escândalo, grita e gera uma situação pra lá de constrangedora.
A regra é: fique preparado para essa abordagem e, quando ela ocorrer, não dê bola, nem por um segundo. Ignore desde a primeira palavra. Aliás, atenção é fundamental. Ainda na capital francesa, quem visita a Basílica de Sacre Coeur pode ser vitima de sua displicência, ante aos pretensos vendedores de artesanato e braceletes coloridos. O golpe ocorre graças à agilidade e cara de pau dos falsos camelôs. “É bem tenso: sem que você perceba, eles amarram uma fitinha em seu braço, começam a falar e depois querem cobrar super caro por isso”, explica Juliana Barreto, que acaba de se mudar para a cidade das luzes. O turista mais amedrontado tira qualquer trocado que tiver no bolso só para se livrar da situação ameaçadora e sair dali.
Flores e ciganos na Itália
Parece romântico, mas se alguém lhe der flores na Itália, é golpe. A estudante Cecília Draicchio passeava por Roma com seu namorado, quando um garoto lhes ofereceu uma flor. Depois de alguma insistência, aceitaram. O jovem começou a persegui-los então, cobrando o dinheiro que eles supostamente deveriam ter pago. Aos brasileiros, pode parecer simples se livrar de um chato assim, mas não é. O golpista estragou a tarde romântica do casal. E o golpe se perpetua, já que americanos e mesmo europeus de outros países acabam ficando com medo e cedendo à pressão.
Mais ardiloso é o golpe das crianças ciganas. Ao notar um turista carregando sacola ou com a carteira no bolso da calça, elas se aproximam em grupo de duas ou três, falando alto e apontando para uma foto em um jornal ou revista – como se perguntassem algo. O viajante desprevenido acaba tendo sua atenção atraída para o tal jornal sem perceber que, na verdade, o papel está ali apenas para encobrir o que um dos minigolpistas está fazendo: abrir a bolsa ou sacar a carteira sorrateiramente. Nesse caso, por mais indelicado que pareça, a solução é dizer fortemente: “No!” às crianças antes que cheguem perto. Dessa forma elas ficam cientes de que seu truque não dará certo e desistem.
Táxis e camelôs portenhos
Não é só na Europa que golpes acontecem. Em Buenos Aires, é preciso tomar cuidado com os taxistas, que frequentemente dobram a corrida, mudam a bandeira ou inventam histórias para que o passageiro pague a mais. Muito comum é a da “filha no hospital” e dos remédios caríssimos que devem ser comprados. Sensibilizados com a encenação, muitos acabam doando seus pesos para o motorista.
Aliás, receber notas falsas também é comum. Alguns taxistas convencem o cliente a trocar reais ou dólares por pesos, oferecendo um câmbio vantajoso. Na verdade, o que o turista recebe são notas sem valor algum. E não é só nos táxis. “Você faz uma compra de 100 pesos, por exemplo, eles alegam que buscarão o troco e se afastam. Depois voltam, dizendo que não foi possível trocar a nota e te devolvem... uma falsa!”, conta Sonia Cremerius, que há quatro anos mora na Argentina.
Por esse motivo, o ideal é pedir notas de pequeno valor ao trocar seu dinheiro nas casas de câmbio. Se isso não for possível, trocar as notas grandes no hotel, antes de sair à rua. Se não conseguir fazer nenhuma das duas coisas e tiver de sair com notas graúdas, o conselho das autoridades é, no momento da compra, olhar bem para o dinheiro e memorizar ostensivamente o final do número de série, para que o eventual golpista perceba que você sabe muito bem que nota está lhe dando.
Outra opção é saber identificar as falsas. Normalmente elas são feitas de forma grosseira: ou a cor é diferente, ou a própria textura do papel muda. Observar a marca d’água também é sempre bom. Ela terá o retrato desenhado na nota, orientado no mesmo sentido.
Lenço “obrigatório” em Marrocos
Precaução ainda maior deve ser tomada em cidades onde a língua e o alfabeto são muito diferentes. Quem for ao Marrocos, por exemplo, deve ter cuidado ao pedir informações sobre endereços. Muitas vezes, os turistas perdidos são encaminhados a locais nada agradáveis (becos ou bares) e depois extorquidos.
Mariana Midori, que viajou em abril para a região, lembra de outro golpe, feito em excursões para o deserto. Nelas, exige-se que as mulheres amarrem um lenço na cabeça. Mas o aviso só vem em cima da hora, quando já se está de saída. Quem não tiver, é forçado a comprar dos próprios guias. “Uma americana não queria e disse que amarraria uma camisa na cabeça... E o guia a irritou muito por causa disso”, conta Mariana.
Revista Viajar.
O golpe do anel é aplicado por uma senhora morena com cerca de 1,65m, cerca de 50 anos, e um rapaz moreno com =/- 1.70m, que faz a cobertura dela. Ficam na ponte Alexandre III, e tentaram aplica-lo em mim. Dois dias depois a mesma dupla estava no Jardin de las Tuileries. De novo?????
ResponderExcluirEduardo